Nabożeństwo pierwszych sobót miesiąca
w formie oficjalnie zaaprobowanej
przez biskupa Leirii 13. sierpnia 1939 r.
Oryginalny tekst [1] dwóch bardzo ważnych artykułów,
ukazujących początek nabożeństw pierwszosobotnich
(w języku portugalskim)
The practice of the First Five Saturdays
in the form officially accepted
by the bishop of Leiria, 13. September 1939.
Authentic text [2] of two important articles from the newspaper:
Voz da Fátima Ano XVIII Fátima, 13 de Outubra de 1939 N.°205, p. 1.
(in Portuguese)
Internet adaptation by
thanks the help of
Father Luciano Cristino,
Voz da Fátima
Ano XVIII Fátima, 13 de Outubra de 1939 N. 205
Director, Editor e Proprietário Dr. Manuel Marques dos Sontas / Emprêsa Editora: "União Gráfica" — R. de Santa Marta, 158-Lisboa / Administrador: P. António dos Reis
Desagravo ao Imaculado Coração de Maria
Devoção dos primeiros sábados de cinco meses seguidos
As ofensas aos filhos amarguram mais as boas mãis do que as feitas a elas próprias.
O mesmo sucede com o Coração amorosíssimo de Maria Imaculada.
Mãi de Jesus – Os agravos ao seu Divino Filho atingem profundamente o seu coração. Por isso no Calvário junto à Cruz, estava a mãi, Senhora das Dores. |
Mãi Nossa – Legado de Jesus na sua agonia, também os ódios, as maldades, que os homens cometem uns contra os outros são, na verdade, ofensas à Mãi do Céu. Que o Coração da Santissima Virgem está imensamente magoado vê-se nas palavras que disse à Irmã Lúcia de Jesus e são as seguintes [3]:
"Vê, minha filha, o meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos me cravam com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, procura consolar-me e dize que prometo assistir, na hora da morte, com as graças necessárias para a salvação, a todos os que no primeiro sábado de cinco meses seguidos se confessarem, receberem a sagrada comunhão, rezarem um têrço e me fizerem companhia durante quinze minutos meditando nos mistérios do rosário com o fim de me desagravar".
Daqui a devoção dos sábados de cinco meses seguidos.
Em que consiste?
Em confessar-se, comungar, rezar o têrço e meditar durante um quarto de hora nos mistérios do rosário.
Observações
1.a A confissão pode fazer-se dentro dos oito dias que precedem ou seguem o primeiro sábado, contanto que se receba em graça a Sagrada Comunhão
2.a A meditação pode fazer-se durante os quinze minutos om que se recita o têrço, meditando nos seus mistérios.
Razão de ser desta devoção.
Esta devoção brota naturalmente das aparições da Fátima em 1917. Foi o Coração de Maria, condoído da perda de tantas almas que a trouxe do Céu à Cova da Iria para falar aos pequeninos pastores.
Aparecia-lhes, diziam as crianças, duma beleza incomparável, mas com o sorriso triste de Mãi amargurada. Fêz-lhes determinações que os fiéis não só de Portugal como do mundo inteiro vão executando.
Infelizmente o seu querido Jesus continua a ser agravado; homens maus insultam-nO com blasfêmias e ofendem-nO com os mais horrorosos pecados para com o bom Senhor. |
As nações oficialmente afastaram-se de Deus e como conseqüência estalou de novo a terrível guerra que directa ou indirectamente atinge todos os povos e ameaça subverter o mundo inteiro num mar de ódios e sangue! |
Como há-de sentir-se amargurado o Coração de Maria, Mãi de Deus e Mãi nossa! Procuremos desagravá-lO com a observância dos mandamentos da lei de Deus, obediência à Santa Igreja, com a oração e freqüência dos sacramentos. |
E tão pouco o que Nossa Senhora nos pede!…
Quem não há-de ouvi-la?
Bendito e louvado seja o Coração Imaculado de Maria!
A Peregrinação de Setembro, 13
Visconde de Montelo
Voz da Fátima
Ano XVIII Fátima, 13 de Outubra de 1939 N.°205
Director, Editor e Proprietário Dr. Manuel Marques dos Sontas / Emprêsa Editora: "União Gráfica" — R. de Santa Marta, 158-Lisboa / Administrador: P. António dos Reis
Como sucede quási sempre, a peregrinação de Setembro do corrente ano foi caracterizada por concurso menos numeroso de fiéis.
Tal facto é devido certamente, pelo menos em grande parte, à circunstância de a peregrinação dêsse mês ficar intercalada entre duas peregrinações importantes, de concorrência extraordinária: a diocesana de Leiria em Agôsto o a segunda nacional em Outubro.
Todavia, os automóveis e caminhetas que estacionavam nas imediações da Cova da Iria e que tinham conduzido ao Santuário da Fátima pessoas de vários pontos da país contavam-se por centenas.
* * *
A procissão das velas, na véspera à noite, realizou-se com a maior ordem e devoção, embora sem a imponência do costume. No entanto, milhares de velas iluminavam o vasto recinto das aparições, reflectindo-se nas nuvens, em larga nesga do céu, o seu clarão avermelhado.
Durante a tocante cerimónia da adoração geral do Santíssimo Sacramento, solenemente exposto no altar exterior da Basílica, rezou-se o têrço dos mistérios dolorosos, tendo feito a meditação dos respectivos mistérios, nos intervalos das dezenas, o rev. dr. Galamba de Oliveira.
Fizerarn a sua hora de adoração privativa as peregrinações de Sintra e Sobral da Lagoa das 2 às 3 horas, a das Filhas de Maria de Sandim (Pôrto) das 3 às 4, a de S. Martinho da Covilhã das 4 às 5 e as da Serra de Tomar e Vila Frescaínha (Barcelos) das 5 às 6.
Celebrou a Missa da Comunhão geral, às 6 horas, o rev. dr. António Antunes Borges, antigo vice-reitor do Colégio Português em Roma e actualmente professor no Seminário de Leiria.
Tiveram Missa privata, sucessivamente, das 8 às 11.30 horas, as peregrinações de Serra de Tomar, sintra, Sandim, S. Martinho da Covilhã, Vizela e Sobral da Lagoa.
Houve ao todo cêrca de cinco mil comunhões.
***
Depois da primeira procissão com a veneranda Imagem de Nossa Senhora da Fátima, celebrou a Missa dos doentes o rev. Cónego dr. Manuel Nuaes Formigão, reitor do Seminário de Bragança. Do lado do Evangelho assistiram ao Santo Sacrifício os Ex.mos e Rev.mos Senhores Arcebispo de Évora e Bispo de Leiria. A Schola cantorum do Seminário de Leiria executou alguns cânticos apropriados que foram acompanhados a harmónium.
Depois do Evangelho, subiu ao púlpito o Venerando Prelado de Leiria que publicou oficialmente a devoção dos cinco sábados revelada pela Santíssima Virgem à Irmã Maria Lúcia de Jesus, na ocasião em que fazia o seu noviciado no Instituto de Santa Doroteia. |
Deu a bênção aos doentes e a bênção geral Sua Ex.cia Rev.ma o Senhor Arcebispo de Évora.
Terminada a segunda procissão, realizou-se a cerimónia do Adeus junto da capelinha das aparições.
Assistiram aos actos oficiais os cèguinhos e cèguinhas do Asilo de Nossa Senhora da Saúde, de Lisboa, que eram acompanhados e dirigidos, com a maior solicitude e carinho, pelo Sr. Coronel António Manuel de Carvalho, chefe do Distrito de Recrutamento e Reserva n.°11, com sede em Setúbal.
Assistiram igualmente, em número de cinqüenta, as alunas do Asilo-Crèhe de Nossa Senhora dos Inocentes, de Santarém, instituïção de caridade fundada pela benemérita Senhora D. Luísa Santa Marta (Andaluz).
Visitou, no dia 13, pela primeira vez, o Santuário de Nossa Senhora da Fátima o rev. Elias Palomino, pároco de Atzcapotzalco (México) que, durante os últimos meses percorreu a Europa, em viagem de estudo, tencionando regressar brevemente ao seu país.
[3] Remark of dr. Wojciech Kosek: It must be noticed that there are differences on the website:
http://www.santuario-fatima.pt/portal/index.php?id=2415
I – A DEVOÇÃO DOS PRIMEIROS SÁBADOS
Na Aparição do dia 13 de Julho anunciou Nossa Senhora em Fátima: “Para impedir a guerra virei pedir a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração e a Comunhão reparadora nos Primeiros Sábados”.
Esta última devoção veio pedi-la, aparecendo à Irmã Lúcia a 10-12-1925, em Pontevedra, Espanha. Disse então: “Olha, minha filha, o meu coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos me cravam com blasfémias e ingratidões. Tu, ao menos, procura consolar-me e diz que prometo assistir na hora da morte, com todas as graças necessárias para a salvação, a todos os que, no Primeiro Sábado de cinco meses seguidos, se confessarem, receberem a Sagrada Comunhão, rezarem um terço e me fizerem companhia durante quinze minutos, meditando nos 15 mistérios do Rosário com o fim de me desagravar”.
NªSenhora mostrou o seu Coração rodeado de espinhos, que significam os nossos pecados. Pediu que fizéssemos actos de desagravo para Lhos tirar, com a devoção reparadora dos cinco Primeiros Sábados. Em recompensa, promete-nos “todas as graças necessárias para a salvação”.
Jesus nos dois anos seguintes, 15 de Fevereiro de 1926 e 17 de Dezembro de 1927, insiste para que se propague esta devoção. Lúcia escreveu: “Da prática da devoção dos Primeiros Sábados, unida à consagração ao Imaculado Coração de Maria, depende a guerra ou a paz do mundo”.